sexta-feira, 10 de março de 2017


O que é Cefaléia?

A cefaléia, popularmente conhecida como dor de cabeça, é uma das doenças mais comuns entre a população. Estima-se que 76% da população feminina e 57% masculina tenham pelo menos um episódio de dor de cabeça por mês.

Existem muitos tipos de cefaléia?



A classificação da Sociedade Internacional de Cefaléia reconhece mais de 150 tipos diferentes de dor de cabeça, que é um sintoma comum a diversas condições médicas. Em alguns casos, a dor de cabeça é o principal sintoma de uma condição na qual não são identificadas alterações estruturais, metabólicas, tóxicas ou infecciosas como causa.

A enxaqueca é um exemplo de cefaléia primária (alterações cerebrais determinadas geneticamente, que costuma de repetir com frequencia). Quando a dor de cabeça é conseqüência de lesões ou outras alterações, as classificamos como cefaléias secundárias. Entre as causas de cefaléias secundárias podemos incluir: sinusites agudas, infecções do sistema nervoso ou sistêmicas, tumores, problemas cervicais, e muitas outras.

A dor de cabeça pode ser um sintoma de uma doença grave?

A dor de cabeça é um sintoma que acompanha muitas doenças graves como infecções do sistema nervoso (chamadas meningites e encefalite), tumores, hemorragias intracranianas (rompimento de aneurismas, acidente vascular encefálico  hemorrágico), isquemias, vasculites, trombose venosa, entre outras. No entanto, as dores de cabeça decorrentes de problemas graves como esses são minoria.

Pacientes que apresentam dor de cabeça há muito tempo com crises freqüentes com as mesmas características possuem geralmente alguma forma de cefaléia primária (enxaqueca, por exemplo). Embora essas cefaléias não ocasionem seqüelas, elas devem ser tratadas.

Quais as características da enxaqueca?

A enxaqueca se caracteriza por crises recorrentes de dor de cabeça e outros sintomas. A dor de cabeça da enxaqueca, na maioria das vezes é unilateral e do tipo latejante, de intensidade forte, se acentua com os esforços físicos, a mudança de posição da cabeça e com o esforço mental. Além da dor de cabeça, na crise de enxaqueca pode ocorrer náusea, vômitos, intolerância à luz, aos ruídos e aos odores.

Mesmo se não tratadas, as crises desaparecem dentro de 4 horas a 72 horas. Outro aspecto interessante é que as crises de enxaqueca podem ser desencadeadas em alguns indivíduos por fatores como emoções, determinados alimentos, mudanças no horário de alimentação ou sono, exposição a calor excessivo, entre outras. Freqüentemente, outros indivíduos da mesma família apresentam cefaléia com as mesmas características.

Quando devo procurar um médico por causa de uma dor de cabeça?

Os sinais de alerta para as cefaléias secundárias graves são: dor de início súbito, pior dor já referida pelo paciente, cefaléia associado à alterações de comportamento ou alterações na força e coordenação dos movimentos, associação de crises convulsivas, dor de cabeça freqüente de início após a idade média de 40 anos. Se você apresenta algum dos sinais de alerta relacionados anteriormente, sugerimos procurar um médico. Se você tem dores de cabeça freqüentes ou intensas e que ocasionam perda de qualidade de vida, você poderá se beneficiar do tratamento com um profissional.

Ao invés de se auto-medicar, o que poderá trazer problemas e adiar seu benefício, procure um médico. Ao contrário do que se diz, a maioria das cefaléias tem tratamento eficaz para reduzir sua freqüência e intensidade.

Qual especialista devo procurar para tratamento?

Por ser uma queixa muito freqüente, médicos de várias especialidades são procurados para essa finalidade. Os neurologistas são os médicos que mais freqüentemente se interessam por estudar esse tema, sendo que alguns se especializam no tratamento das dores de cabeça (cefaliatras).

Auto Medicação?

Alguns medicamentos são úteis para interromper uma crise de cefaléia, mas quando consumidos em excesso ou por muito tempo podem levar a complicações, inclusive no agravamento da própria cefaléia, tornando-a um problema crônico diário, como tem sido constatado por diversos estudos.

O diagnóstico

O diagnóstico correto das cefaléias depende principalmente das informações fornecidas pelo paciente a respeito das características da sua dor. Conheça alguns aspectos que podem ajudá-lo a tornar sua consulta ao médico mais produtiva:

  • Tempo de início da dor: Se você sofre de dor de cabeça há muitos anos, tente recordar desde que idade aproximadamente passou a apresentar esse sintoma, mesmo que sua freqüência fosse diferente da atual. Se o fato é recente, procure estabelecer o mais precisamente possível há quantos dias ou meses se iniciou.

  • Freqüência das crises: Procure estabelecer aproximadamente quantas vezes por mês, por semana ou por dia a dor se manifesta. Observe, também, se suas dores seguem um padrão de agrupamento, ou seja, se há períodos em que ocorrem várias crises por dia, durante semanas ou meses, seguidas por intervalos de meses ou anos sem dor.

  • Intensidade da dor: A intensidade da dor pode ser classificada de uma forma simples em fraca, moderada ou intensa:
Fraca – dor que não interfere com as atividades da vida cotidiana (trabalho, obrigações domésticas, estudo, etc)
Moderada – dor que não impede, mas interfere com as atividades
Forte – dor que impede as atividades

  • Localização habitual da dor – Para algumas formas de cefaléia, a localização da dor pode ser uma informação importante. Observe se as dores costumam acometer toda a cabeça ou se, pelo menos, em algumas crises a dor ocorre em apenas um dos lados. Se a dor for unilateral, observe se há alternância de lado entre as crises ou se elas ocorrem exclusivamente à direita ou à esquerda.

  • Fatores de agravamento ou de alívio – Procure verificar se sua dor se acentua quando você executa atividades como, por exemplo, caminhar, subir escadas, ou quando abaixa a cabeça. Observe também o que lhe proporciona algum alívio (excetuando-se as medicações) como dormir, repouso, aplicar gelo na cabeça, etc.

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